Aqui, ainda que breve
entre os neurônios abstinentes
a poesia, não pense
que deixou de existir.
Dormiu versando sonhos
rimando verbos e mistérios
que fazem do poema o que ele é:
um universo na hora em que termina...
Aqui do fundo mais fundo
no escuro mais pleno, só e absoluto
a poesia prescreveu
se convertendo em outro assunto.
Ana Paula Coelho