tão sozinha quanto eu
uma canção que dorme
acorda
que se esquece do tempo que a consome
que aprisiona
liberta
ascende
uma só canção
sem letra
preenchendo espaços
vazios sem cor
outonos eternos
invernos
tardes
que fazem dançar os mortos
Ana Paula B. Coelho
(Clique na foto para ampliar) |