De tempos em tempos
no corpo
um desassossego
que não é falta de sexo
tampouco de descanso
pois já durmo demais...
De tempos em tempos
aos olhos
uma luz por trás
que não é princípio de cegueira
tampouco anjo fugido dos céus
talvez um poema que ainda não sei
De tempos em tempos naveguei
Por vezes sozinha
escamada em matizes
num súbito desprendimento
sem dia dos namorados
sem desencanto marcado
sem tédio, sem lei.
Ana Paula B. Coelho
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