No teto
rachaduras desoladas
mudas
dos reveses diários
do espaço restrito
É um quarto de ar denso
de tons amarelados
pelo tempo e nicotina
mas o aroma que predomina
me invade de saudades
A cama tão sozinha
a porta escancarada
os segredos desvendados
e o que foi herdado
com o futuro não combina.
Ana Paula B. Coelho
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