Me atrase os dias de silêncio infértil
aqueles cuja madrugada oculta sobrenomes
e o vento não sopra lá muitas resenhas...
Me tire dos olhos os brilhos perecíveis
aqueles cuja euforia só desenha um arco-íris
depois que o sol dissolve as nuvens mais densas...
Me desfaço feito açúcar dentro do copo
tiro-me do foco das grandes expectativas juvenis
sobrevivo transmutado de café a licor de anis
cerne degustado nas bocas súmulas depois do jantar.
Ana Paula B. Coelho
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