Lanternas do porto

Meu cigarro aceso
início da esteira magnética
flutuante fumaça
fantasma do passado

Meu cigarro acende
um escuro no final do túnel
espectro instigante 
teu rosto feito cinzas...

E primeiro eu enxergo teu queixo
depois tua boca, teus olhos 
como lanternas do porto

Teu disfarce: 
um barco distante à deriva.

Ana Paula B. Coelho

(Clique na foto para ampliar)