Sem saída

         Agora vivo das horas que passo a te esperar, da agonia resignada nesse silêncio penitente, me pergunto se de fato entendes o que tua ausência me faz.
          Pra matar o tempo eu olho curiosidades ao redor: abraços, passos, algumas esperanças que não são minhas, talvez de um outro alguém que lamente tanto quanto eu... 
          Mas creio que as coisas nem sempre são assim, tão sem saída, nós é que fechamos os becos do nosso próprio coração e ficamos feito vampiros, absorvendo pequenas gotas de felicidade, cumplicidade e atenção.

Ana Paula B. Coelho

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