Céu Azul

Me guie nos caminhos desse amanhecido sonho
Me perdi no labirinto da minha própria escuridão
Noites de sentimentos mortais me envolveram
Paralisada estou em meu inesperado medo...

Me fale mais do Céu Azul que salva e liberta
Cujas nuvens esboçam teu rosto iluminado
Ele ainda me desenha sorrindo ao teu lado?
Quero respostas que me façam parar de chorar

Sou ainda a mensageira da eterna inconstância
A peregrina das ladeiras que jamais ascendem
Já não faço sombras - nunca caminhei na luz!
Trago verdades ocultas que a poesia não traduz

Hoje sei que inventaram a dor para os poetas
O remédio ineficaz para os doentes de alma
A paixão existe para os que nunca se acalmam
E o desespero aos que se curvam diante dela.

Ana Paula B. Coelho

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