Margens do insensato

não encontrou saída
a resposta indignada
dormente na garganta
de engolir noites inteiras

ora sonha ora desperta
vira peixe vira ave
lambe aquários
habita lápides

não sai da intenção
das margens do insensato
dispara o coração
sangra intervalos

Ana Paula B. Coelho

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