Como equilibrista de calçadas sujas
me ponho a fugir em noites de chuva
contando estrelas refletidas em poças
não é caro andar assim tão displicente
o preço a se pagar é só esvaziar a mente
e o coração que antes sentia alguma coisa
em meu rosto o vento é mais que uma carícia
em meu olhar a distância faz parte das retinas
e eu quero aproveitá-la em verso, prosa e rimas
e uma música fora de época não sai dos meus ouvidos
um disfarce de sinceridade não me deixa poder perdoar
então aperto rosas e espinhos que trago em minhas mãos...
e, o amor, não me pega mais nas novidades que consome
in roaming não me alcança nem sequer pra handover
prévio, jamais soube o que fazer pra me conectar.
Ana Paula B. Coelho
|
(Clique na foto para ampliar) |