Dezembro de 2015

Quero deixar aqui meu registro de felicidade. Meu sorriso que em 2015 finalmente se abriu e se manteve. Isso se deve ao fato da minha crescente satisfação com tudo que escrevo em poesia e também por eu ter me casado outra vez em outubro rs... E isso não é tudo! O mais importante é que me encontrei novamente na simplicidade que pensei não mais existir fora dos sonhos. Com o segundo casamento eu tive a certeza de que não preciso ser igual ao homem que escolhi pra ficar comigo. Basta que mesmo com nossas diferenças a gente queira sempre se acertar. Porque relacionamento é isso: é o acerto constante num cotidiano cheio de possíveis erros. Vale ceder sempre que for necessário, claro, sem perder a identidade e também se entregar sem reservas ao amor correspondido... Amor correspondido é o melhor de todos, depois do nosso amor próprio, jamais esqueçam...

Então, deixo aqui meu grande beijo aos possíveis leitores do blog. E que dezembro encerre com chave de ouro o ano de 2015 que pra mim, graças a Deus, foi muito bom. Espero que 2016 seja ainda melhor para todos nós!

Detalhe:
Não costumo "conversar" aqui no meu blog rs mas esse ano me deu vontade de me expressar diretamente com quem quer que esteja aí do outro lado.

Ana Paula B. Coelho


Não posso deixar de postar abaixo o vídeo que me fez escolher esse nome para o blog... Salve David Bowie rs e também essa canção maravilhosa que conheci ao assistir Labirinto - A Magia do Tempo.

Inóspito

Era de menos
no mais cotidiano

Um berro, um estrondo
nos surdos ouvidos

O portão que te aprisiona
na luz do fim do túnel

E a chave que abre
a fechadura maldita.

Ana Paula B. Coelho

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Terreno ateu

Na madrugada saber-se inteiro
equanto terceiros amanhecem metades...

Ser como as quadras de um atípico soneto
jamais precisando dos dois últimos tercetos
pra rimar sua poesia entre as frases...

Assim é meu (en)canto no teu corpo

Uma cidade habitada
asfalto
semente germinada
em terreno ateu.

Ana Paula B. Coelho

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Outro eu

No sol 
semblantes esferas
o dia que foi ontem se arrastou
amanhã
a noite (des)espera.

No vago minuto
de espaços quimeras
meu eu absoluto
divaga dispersa
um outro eu absurdo.

Ana Paula B. Coelho

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Na calçada

Tantos pontos de luz
pelo céu, pela rua
estrelas, postes
e na calçada jaz a lua.

Ana Paula B. Coelho

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Fruta madura

Debaixo da árvore-vida
folhas amarelas de egos inflados
se confundem

Me cai no colo uma fruta madura
cujo aroma sincero e sereno
é de simplicidade...

Me comprazo até cair exaurida

É a dança do sol e das sombras.

Ana Paula B. Coelho

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