Na ponta da língua

Mas raramente em dias de sol
um poema me vem na ponta da língua
como se pisasse no trampolim de uma piscina
pronto pra pular, mergulhando em ondas nas palavras...

É... Talvez a felicidade não me inspire tanto quanto o sofrimento.

Ana Paula B. Coelho

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Espaço

"Pela essência
almas inspiram imensidão..."

Nas horas vazias, nas noites sombrias
quando a saudade fizer morada em teu peito
lembre do meu abraço - espaço para os teus medos.

Ana Paula B. Coelho

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Asas de condor

Por ruas vazias e escuras
caminhar por tantos medos
até achar o infinito amor

que venceu a distância e o tempo
entregou-se sem argumento
se atirando ao abismo 
em asas de condor

voa eternidade! beija o ápice do teu ser
luta! ainda sem compreender a jornada 
e lembra que a triste e longa caminhada
se não terminou, ainda faz por merecer.

Ana Paula B. Coelho

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São seis

Aqui vão seis
das centenas que fervilham toda noite
na insônia do vinho
nas olheiras de uma xícara de café:

"saudade, desejo, orgasmo, teu beijo, destino e maré"

tão fácil escolher o que não pensar
difícil é dosar o aquecimento
esse maldito movimento
que começa sem avisar 
e dança...
faz sua coreografia de criança
mesmo sem música pra acompanhar

escrever é um exercício inexplicável!

e mais inexplicável ainda
são as velhas palavras
que como eu disse antes:
fervilham... 
centenas, toda noite 
com vinho ou café, não importa
são seis as que me dilaceram.

Ana Paula B. Coelho


Just to do it... again! rs

Remix de memórias

O que ainda não escrevi desse amor?

Janela aberta nos olhos - flor 
morrendo em meu coração:

"O tempo dormiu na cena
a cama sonhou pequena
o suspiro se acovardou"

Mas feito refrão de música
eu verso uma nova canção...

Contando a mesma história
meu remix de memórias
dias que voei em vão.

Ana Paula B. Coelho

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Canção do vento

No ar um tom prelúdio

absurdo a impregnar

a sufocar atmosferas
fazer dormir quem espera
quisera poder parar

insone, o poema assovia
canção do vento me inspira
refrão-destino: voar!

Ana Paula B. Coelho

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No bolso

A vida a gente leva no bolso
sem pressa, sem esforço
se caminha mais além.

Ana Paula B. Coelho

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Raio de sol

Meu socorro vem do céu

voam expectativas
doces, vivas
a bailar...

Num raio de sol
meus olhos choram
além do que se pode ver

poesia é meu medo de entender.

Ana Paula B. Coelho

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Remédio

Amar
é arder dentro da gente
a nossa própria cura.

Ana Paula B. Coelho

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Em círculos

Já rimei tantos passos em vão

Suspirei em círculos 
atei estradas, atalhos 
errei na contramão...

Mas se algo tiver de me consumir
que seja o desvelo de uma entrega
a simplicidade de um sorriso 
que curvado ao sofrimento infinito 
adormeceu sinceridade.

Ana Paula B. Coelho

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Meu sorriso

Ainda que tudo não tenha passado de um grande equívoco, 
de uma coisa sempre vou me orgulhar: meu sorriso.
Ele sempre venceu todas as tempestades.

Ana Paula B. Coelho

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Ululantes verdades

Enquanto pensa
o grupo de mulheres que ele já pegou
que tudo nele que há de belo 
é o andar, o sorriso e o olhar engana-dor
eu me divirto com o que vejo de melhor:
sua ilusão de acreditar que dou crédito
a ululantes verdades.

Ana Paula B. Coelho 

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